Autor: Cristophe Domingos
Bolseiro Investigador Pós-doutoramento no Centro de Investigação em Qualidade de Vida
Membro Integrado do Centro de Investigação em Qualidade de Vida, na área científica de Atividade Física e Estilos de Vida Saudáveis
Neurofeedback no Desporto
O treino por Neurofeedback (NFT) surgiu pelas mãos de Kamiya entre as décadas de 1960 e 1970, mas numa perspetiva clínica (Kamiya, 2011). No desporto, foi aplicado pela primeira vez, em 1991, em atletas de pré-elite de tiro com arco (Landers et al., 1991).
O neurofeedback é um treino que visa ajudar as pessoas a regularem e controlarem a atividade elétrica do cérebro de forma voluntária e pode ser realizado de forma unimodal (visual ou auditivo) ou bimodal (Gruzelier, 2014; Kober, Schweiger, Reichert, Neuper, & Wood, 2017; Marzbani, Marateb, & Mansourian, 2016). Além da potencialidade citada, possui outras vantagens, como o facto de ser um dispositivo não invasivo, relativamente barato e portátil (Barreiros & Abreu, 2017). Como já mencionado, Kamiya et al., (1969) foram os primeiros investigadores a conduzir NFT em humanos com o objetivo dos sujeitos poderem diferenciar o estado mental da banda alfa padrão (BAP) com o estado mental de outras bandas (Kamiya, 2011). Nesse mesmo ano, surgiu outro estudo que demonstrou a capacidade dos gatos em aprenderem, voluntariamente, a permanecerem na banda sensoriomotora (SMR) (Sterman, Wyrwicka, & Roth, 1969). Acidentalmente, os mesmos investigadores descobriram, em 1978, que os gatos que realizaram NFT foram mais resistentes a convulsões (Sterman & Macdonald, 1978).
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